Um desabafo, apenas.

Durante toda a minha vida, sempre fui fascinada por pessoas normais. Não sei, elas parecem tão... despreocupadas. Tem um trabalho, um namorado, um fim de semana sem preocupações... Acordam às 6h50 muito mal-humoradas pelo sono interrompido, tomam um banho mais pra lá do que pra cá, vestem suas roupas de trabalhar, maquiagem simples, escovam os dentes, tomam o mesmo café de todos os dias, pegam a condução já atrasados (sempre atrasados...), batem o cartão e trabalham, fazendo exatamente a mesma coisa que fizeram ontem e que farão amanhã; estão sempre loucas para que o relógio bata 17h para que elas possam correr pra casa, comer uma comida tranqüila e ver TV, Big Brother, Tela Quente e Jornal da Globo até dormir na sala. Aí então, elas recolocam os chinelos havaiana de cor extravagante (porque é nas havaianas é que elas se expressam melhor), vão para o quarto, abraçam o namorado com quem não brigam há meses, dormem até o despertador tocar às 6h50. Então elas acordam e tudo começa de novo. A semana acaba e elas vão ao shopping... jantar fora é só em ocasiões especiais, muito especiais. Algumas guardam dinheiro e viajam no fim do ano, mas a maioria continua indo para o mesmo apartamento da avó em Bertioga.

Elas me parecem TÃO felizes. Tão tranqüilas, tão despreocupadas, tão... seguras! Elas não tem sonhos imensos e extravagantes, grandes objetivos a serem conquistados com o suor e o sangue de muitos anos de trabalho duro e sem um resultado garantido. Elas não querem mudar o mundo, não querem ajudar desconhecidos nas enchentes e nos terremotos, elas não choram mais nos noticiários quando aparecem as famílias com membros desaparecidos. Elas lamentam, claro que sim. Mas tudo parece tão sereno na vida dessas pessoas. Elas tem o direito de odiar seus trabalhos, de ansiar loucamente pelos fins de semana e fins de ano, falar mal de seus chefes sem a preocupação de serem denunciados e demitidos, não precisam pensar o tempointeirosobrecomoaperfeiçoarseutrabalho. Podem não pensar nele à noite, de madrugada, nas férias, nos fins de semana, em cada passo que dão, em cada coisa que fazem, em cada lugar que vão. Elas podem relaxar. Podem curtir o ócio sem se preocupar. Podem... viver.

Breakin' Free

Fuckin' Perfect
Made a wrong turn
Once or twice
Dug my way out
Blood and fire
Bad decisions
That's alrightWelcome to my silly life

Mistreated, misplaced, missundaztood
Miss know it, it's all good
It didn't slow me down
Mistaken, always second guessing
Underestimated, look I'm still around

Pretty pretty please don't you ever ever feel
Like you're less than fucking perfectPretty pretty please if you ever ever feel
Like you're nothing you're fucking perfect, to me

You're so mean
When you talk, about yourself
You're wrong, change the voices
In your head
Make them like you insteadSo complicated
Look how we are making
Filled with so much hatred
Such a tied game
It's enough, I've done all I can think of
I've chased down all my demons
I see you do the same
Oooh oooooh

Pretty pretty please don't you ever ever feel
Like you're less than fucking perfectPretty pretty please if you ever ever feel
Like you're nothing you're fucking perfect, to me

The whole world is scared so I swallow the fear
The only thing I should be drinking is an ice cold beer
So cool in lying and we tried tried tried
But we try too hard, it's a waste of my time
Done looking for the critics, cuz they're everywhere
They don't like my genes, they don't get my hair
Stringe ourselves and we do it all the timeWhy do we do that?
Why do I do that?Why do I do that?
Yeah
Ooooh
Ooh, pretty pretty pretty

Pretty pretty please don't you ever ever feel
Like you're less than fucking perfect
Pretty pretty please if you ever ever feel
Like you're nothing you're fucking perfect, to me
You're perfect
You're perfect

Pretty pretty please if you ever ever feel like you're nothing
You're fucking perfect, to me